segunda-feira, 31 de março de 2014

Sobre o amor



Quem acha que o amor é o calor que aquece a alma, vai ter uma das mais desagradáveis surpresas de todos os tempos.
Meu amigo, se tem uma coisa que o amor não é, é isso, bonito e simples.
É um sentimento que se resume em atitudes.
Amor NÃO se resume a abrir portas, ser gentil, ter pegada, chamar de minha linda, pagar a conta, declamar poesia, o que for.

É BEM mais simples que isso.

Amor é:

Resolver cozinhar para a pessoa amada, mesmo dormindo de cansaço logo depois.
Comprar uma balinha de canela, mesmo odiando.
Ser ditador quando o outro está doente.
Andar na chuva, correndo o risco de perder a chinela, só pra fazer uma visita.
Resolver ver um filme, mesmo sabendo que vai dormir.
Estar todo arrumado e resolver ficar em casa.
Morrer de ciúmes, com ou sem razão.
Fingir que não tem ciúmes.
Saber doar.
Amor é perceber o que o outro quer, sem falar nada.

Amor é tudo que você precisa. Claro, uma dose de romance nunca vai ferir ninguém.


domingo, 30 de março de 2014

Dia 06 - Domingo, 23 de março

  • O que vocês fizeram?


Date surpresa para MB!


Planejei de irmos ver a peça estrelada pelo Gregório Duvivier, uma Noite na Lua. Comprei os ingressos na surdina, para um teatro em outra área da cidade, e comecei a pesquisar restaurantes bons que possam ter por lá.


Acabei escolhendo dois restaurantes possíveis, salvei os endereços, e nós fomos.


Ele ficou realmente surpreso com a peça (eu acho), porque nós praticamente nunca fomos ao teatro. Infelizmente, não é muito um interesse nosso, além de acreditar um pouco que não tenha tanta oferta assim aqui em Fortaleza. Não sei se é o caso, frequentadores de teatro em terras alencarinas que me corrijam.


Fomos. Me arrumei toda, nós demos bastante risada, a peça é ótima. Um homem, em cima de um palco, pensando. E um homem lindo ao meu lado.


Já falei, cheia de mistérios, que o encontro teria parte II, então o guiei até onde eu achava que era o restaurante (não me entendo com essas ruas da zona sul), quando percebi que estava fechado. Liguei, chamou e ninguém atendeu. Risos.


Plano B: restaurante n. 2, num shopping aberto. Chegamos ao shopping Salinas, e... Fechado. Qual o problema dessa cidade?


Meio por falta de opção, e por um julgamento pobre e precoce, resolvemos jantar no Pasto & Pizza. Esse era um programa comum nos tempos do colégio, já que tem um P&P vizinho, e era onde os alunos tinham o hábito de comemorar os aniversários (quando não tinha opções mais baratas ao redor). Então, tudo bem, o passeio flopou, mas pelo menos ainda tinha um pouco de nostalgia envolvida naquela pizza de chocolate, preço camarada, certo?


Muito, muito errado. Caro e sem graça. (embora a pizza de chocolate ainda seja a melhor de Fortaleza, até onde minhas pesquisas vão). E, pra completar o desastre absoluto, ainda me deu uma indisposição imediata. Voltamos para casa e dormi. Encontro péssimo, sim ou com certeza?


Então.


Estou devendo uma parte II num encontro surpresa, esperem, e verão.

  • Como você acha que o outro estava?

Mantendo as expectativas baixas, graças a Deus. Não sei se ele se divertiu, não sei se gostou do dia. Um mistério.

  • Como você estava?

Acho que estou querendo gripar, porque passei a manhã e a tarde dormindo. E a cidade está muito, muito quente, o que piora tudo, porque fica uma moleza no ar abafado, sabe?

Preciso de um ar condicionado. Urgente.

  • Você queria ter feito algo diferente?

Risos.

  • Mais alguma coisa?

Droga.

  • O que vocês fizeram?


Bom, durante o dia ela estava levemente doente, então passou a manhã quase toda dormindo pra se recuperar, e eu ali, só de olho, caso fosse preciso agir.

Fomos no João do Bacalhau almoçar com os pais dela, sabe como é, orçamento semanal é uma coisa que deve ser considerado bastante nessa horas. O programa em si foi meio #fail, mas a comida estava bem boa, lembramos do nosso / meu molho.

Pós almoço, só pra manter o ritmo ela cochilou mais um pouco, acho que alguém estava querendo ficar doente...

Quando ela acordou, começou a me falar do date surpresa.


Fomos ver uma peça no Via Sul, Uma Noite na Lua, com o Gregório Duvivier. Acabou sendo bem interessante, pra quem  não vê peças o tempo todo (oi Rio), sempre é uma experiência boa. Depois ela tinha programado um restaurante novo e charmoso, que estava fechado. Então mudamos rapidamente de plano e fomos para outro restaurante charmoso, que também estava fechado. Fortaleza é assim, domingo é dia de fechar os restaurantes, ninguém aqui quer ganhar dinheiro.

Acabamos indo jantar no Pasto & Pizza. Rodízio. Porque quando você é obeso, topa ir pra rodízio assim, do nada, sem preparo. Acabou que ela passou mal, eu deveria ter previsto isso…

  • Como você acha que o outro estava?


Tirando o leve problema de sono / doença, ela estava super feliz. Projeto faz uma maravilha pra vida criativa da pessoa.

Ela estava meio misteriosa. Acho que estava relacionado com o date surpresa, que acabou sendo BEM surpresa…

  • Como você estava?


Estava tranquilo, cansado, amoroso. Tentei não parecer muito ansioso com a programação misteriosa. Quando estávamos indo pra lá, tentei descobrir o que era, mas sou MUITO desligado dos programas fortalezenses, então não consegui.

  • Você queria ter feito algo diferente?


Bom, não estou negando o date surpresa, que foi lindo, mas bem que poderíamos ter jantado em um lugar que não desse complicações.

  • Mais alguma coisa?


Cada vez mais estou preocupado com meu date surpresa, não sou muito bom pra programar coisas legais. Primeiro, eu nunca consigo encontrar “coisas legais” na cidade, vou tentar ser simples e romântico, acho mais certo.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Dia 05 - Sábado, 22 de março

  • O que vocês fizeram?

Lá em 2008 nós conseguimos viajar para o Rio de Janeiro com mil reais que juntamos num cofre feito de papel machê, a Cofruja. Vivíamos fazendo esse tipo de coisa ~craft~, tipo maquetes de papel, o tal do cofre, etc.

Ganhei de aniversário um vale compras da minha sogra, para ser convertido em coisas de casa. Como já estou com um conjunto de copos aqui no chão do quarto, e a expectativa de ganhar ainda mais presentes, propus pro Marcelo da gente comprar um cofre, para ir juntando esses dinheiros que nos dão, ao invés de sair comprando tudo e guardando sabe-se lá onde. Cofre lua-de-mel! Ou cofre emergência casório, dependendo.

Ao que MB, amor do meu amor, meu sol e estrelas, disse: não quero comprar um cofre. Vamos fazer um cofre.

Então passamos o sábado inteiro na função de fazer um cofre, agora chamado de Jakofre. Demorou, deu muito trabalho de fazer as pernas compridas, e ainda deixamos secando para continuar amanhã, ou quando tivermos paciência para tal. Jakofre. Oh, yes.

Ô main, qqisso?


Terminamos de fazer tudo de noite, tomamos um banho, e meus pais nos chamaram para ir comer uma pizza no Vignoli. Como estamos em contenção de gastos, fomos, e a noite foi até razoável. Meus pais às vezes tem o costume de transformar até a ida a padaria da esquina um processo estressante e polêmico (os dois sabem que é verdade, foi mal aí, pais), mas tudo deu certo. Apesar de discussões calorosas sobre absolutamente tudo, nós sempre nos divertimos (ou pelo menos tentamos). Voltamos para casa e ainda conseguimos assistir Os Miseráveis, que é um dos nossos musicais favoritos.

  • Como você acha que o outro estava?

Estava meio confuso nas funções de fazer o cofre, acabamos discutindo um pouco a metodologia, mas no geral ele estava bem. Mas tipo, quem deu a ideia de fazer esse negócio, a Dindi?

Então não entendi a má vontade na hora de fazer. Queria ter começado mais cedo para ter dado tempo de fazer mais coisas durante o dia, mas fomos começar já depois das 16h, então caiu a noite e eu ainda estava coberta de cola e papel.


  • Como você estava?

Também meio confusa nas funções de fazer o cofre, mas bem. Terminei o dia bem, bem cansada. Ficar sentada no chão fazendo papel machê é para poucos.

  • Você queria ter feito algo diferente?

Queria ter feito algum programa mais só nós dois, ao invés de ter passado tanto tempo família. Mas acho que foi um bom dia.

  • Mais alguma coisa? 

Adoro que MB adora musicais por minha causa. É muito bom contagiar o outro com seus gostos, especialmente um gosto tão excêntrico quanto esse, afinal você conta nos dedos um homem que saiba todas as falas do Sweeney Todd. Tudo bem que você também conta nos dedos homens que tirem fotos de saia. Pink, ainda por cima.

  • O que vocês fizeram?

De manhã eu trabalhei, mas oi? de noite? sábado? aqui a miséria não tem fim... Logo só nos vimos na hora do almoço.


De tarde, resolvemos fazer um “cofre de casamento”, que começou com uma leve má vontade minha. Acho que a lombra principal é fazer um cofre como antigamente, quando realmente precisávamos fazer um cofre pra juntar dinheiro, até porque hoje temos contas, salários e tudo…

De noite, fomos comer uma pizza no Vignoli, com os pais dela, e depois de uns 6 anos indo lá fomos ousados e comemos a pizza doce, de chocolate com Serenata de Amor.


Precisamos provar a da Bella Italia agora,
para fins científicos.

    Chegando em casa, fomos assistir Os Miseráveis, o pai dela desistiu com 20 minutos de filme, tivemos que nos controlar MUITO para não ficar cantando todas as músicas e tal, até porque minha sogra não tinha visto ainda e seria muito bizarro... No meio do filme, dei uma leve pausa e fui fazer duas provinhas, coisa rápida, só pra relaxar, e acabei dormindo / cantando no final.

    • Como você acha que o outro estava?

    Ainda empolgada com a ideia do projeto, levemente apaixonada. Pode ser que tenha a ver, ou não, mas ela anda bem menos estressada.

    Alguém anda levemente autoritária com o projeto, precisando definir datas e horas pra fazer coisas “legais”.

    • Como você estava?

    Levemente cansado, já é o segundo sábado seguido que trabalho, meio que o final de semana não rende, não consigo descansar direito, mas ei, é a vida. Fora as observações trabalhísticas, eu estava bem.

    Rolou um leve desentendimento na hora de fazer o cofre, não me sinto bem sendo obrigado a fazer coisas em horas específicas... eu estava no meio de umas trocas de pokémon.

    • Você queria ter feito algo diferente?

    Queria não ter trabalhado de manhã... e ter saído / feito alguma coisa mais romântica e proveitosa, nem que fosse ver um episódio de Sherlock agarradinhos...

    • Mais alguma coisa? 

    Bom, “descobri” que ela odeia os próprios aniversários, algo relacionado a solidão e coisas do tipo.

    segunda-feira, 24 de março de 2014

    Dia 04 - Sexta-feira, 21 de março

    • O que vocês fizeram? 
    Nos vimos logo de manhã cedinho, porque dia de sexta MB me dá carona para o trabalho. Viemos conversando e ouvindo Los Hermanos, que durante um tempão no começo do namoro foi a nossa banda favorita.


    De noite nos ligamos, e ele propôs um passeio, mas eu estava me sentindo meio cansada, então preferimos ficar em casa. Ele veio direto do trabalho, assistimos um episódio de Sherlock e pedimos esfiha (com intenções de mini churros, mas estava esgotado! #ai #habibs)...

    Uma noite bem normal, mas cheia de carinho.
    • Como você acha que o outro estava?
    Ele estava empolgado, parecia feliz, descansado. Carinhoso. Mas, apesar dos mil planos e da empolgação, ele desmaiou na cama assim que terminou o episódio. E sonhou!!! FALANDO!

    Marcelo Bernardo, aqui fica para a eternidade:

    "Esse cook top vem com tupperware?"

    Hahahahaha #bullen

    • Como você estava? 
    Bem cansada, tive um dia puxado no trabalho. E depois que me empanturrei de esfihas e vi minha vida passar diante dos meus olhos, fiquei enjoada e mais cansada ainda.

    • Você queria ter feito algo diferente? 
    Queria ter tido o pique de sair, como ele havia proposto. Ou talvez ter pedido alguma coisa, ou inventado alguma coisa para a gente fazer...

    • Mais alguma coisa?
    "Esse é só o começo
    Do fim da nossa vida
    Deixa chegar o sonho
    Prepara uma avenida
    Que a gente vai passar"
    • O que vocês fizeram? 
    Quando você cresce e trabalha diariamente, a sexta é só um alívio para o descanso. Estávamos tão cansados, que foi unânime a decisão de ficar em casa.

    Acabamos vendo o último episódio da segunda temporada do Sherlock, nosso novo seriado curto favorito, e comemos bibsfirra, devo admitir que tentei ligar pra pedir, mas falhei vergonhosamente nessa missão. 



    Eu sei, eu sei. Isso não é nada romântico, mas é real. Aqui não é novela, onde todo dia vamos inventar lugares novos e legais pra ir, alguns dias a gente só quer ficar em casa e vegetar. Esse foi um deles.

    • Como você acha que o outro estava?
    Ela estava bem humorada, teve um leve estresse no trabalho, mas não foi com ela, então está tudo certo.

    Mais do que nunca, está determinada, quando cheguei ela estava desenhando… Desenhando coisas pro projeto. Se eu soubesse que esses encontros iriam forçar a inspiração dela a voltar, teria feito uns 5 anos antes...

    Ela está empolgadona com a ideia de fazer um cofre, o jakecofre, mas acho que  alguém aqui não lembra de como deu trabalho da última vez...

    • Como você estava? 

    Não sei bem se cansado seria a palavra ideal. Eu estava / estou cheio de coisas pra fazer e preciso arrumar um tempo infinito pra isso, mas tudo bem, sem choro.

    Acho que estava bem, nunca chego realmente cansado e sem forças do trabalho, às vezes tenho cansaço físico, mental nunca.

    • Você queria ter feito algo diferente? 

    Gostaria de dizer que eu queria ter ido pra balada, ou algo do gênero, mas sinceramente, não queria. Talvez eu devesse ter vencido um pouco mais a preguiça, ido ao mercantil e comprado alguma coisa pra cozinhar. Teria finalizado a sexta com mais classe, mas tudo bem, terei outras sextas para realizar esse movimento.

    • Mais alguma coisa?
    Acabei revelando meus planos para o date surpresa, qual o meu problema? Agora preciso pensar em outra coisa legal pra fazer. Ai ai.


    sábado, 22 de março de 2014

    Dia 03 - Quinta-feira, 20 de março

    • O que vocês fizeram? 

    MB trabalha até mais tarde dia de quinta-feira. Havíamos combinado de nos ver, mas já cedo ele me avisou que achava que não iria >>> e ele nunca diz não, logo de cara, mas eu sabia que esse achar era certeza. Então não nos vimos.

    Trocamos mensagens de manhã, coisa que a gente não faz tem um bilhão de anos, e nos ligamos. De noite, assim que ele chegou em casa, ele me ligou mais uma vez, e ficamos conversando sobre o dia. Bem tranquilo.


    • Como você acha que o outro estava?
    Cansado, como ele geralmente fica em dias que trabalha de noite. Mas achei que ele estava simpático, receptivo, com vontade de contar como havia sido o dia, ainda me ligando e mandando mensagem. Acho que ele está gostando do projeto (?).

    Odeio chamar de projeto.

    • Como você estava? 
    Bem cansada do meu dia também, mas me sentindo inspirada. Acho que as vezes preciso desse tipo de estímulo para que eu sinta vontade de desenhar, me dedicar, e não só deitar e assistir tv (o que eu também fiz nessa gloriosa noite só).

    Comecei a atualizar o instagram, e na hora de seguir as pessoas me bateu um pânico repentino. Porque é óbvio que o projeto em si é uma afronta à nossa vida privada, coisa que eu sempre fiz tanta questão de manter. Só que, apesar de ser uma exposição enorme (pânico principalmente dos alunos vendo foto de MB de saia), estou tentando ver como algo positivo. Primeiro porque, mesmo que poucas pessoas ou centenas acompanhem a nossa rotina, serão apenas 42 dias, comparados aos milhares que a gente já viveu junto.

    E segundo porque vai ser uma forma muito boa de balançar o relacionamento de forma positiva, e quem sabe a gente também não influencie algum casal por aí?

    • Você queria ter feito algo diferente? 
    Queria ter encontrado MB! E dormido mais cedo, certamente.
    • Mais alguma coisa?
    Adorei receber mensagens durante o dia, e poder ligar para ele e ser atendida com carinho. Às vezes estamos tão ocupados no trabalho que não temos paciência para lidar com esse tipo de "romance", especialmente depois de tanto tempo, mas fico feliz por estarmos tentando mudar isso.







    • O que vocês fizeram? 

    Infelizmente nada, tive que trabalhar até 20h20... Em um bairro longe, muito longe, então ainda tem o tempo de viagem até em casa. Conclusão, fiquei muito "cansado" e não nos vimos.

    • Como você acha que o outro estava?


    Acho que ela estava bem, é meio complicado avaliar essas coisas apenas pelo telefone. Reclamou quase nada do trabalho, pegou um engarrafamento pra voltar, normal...

    • Como você estava? 


    Eu estava levemente cansado, sabe como é, sair de casa às 6h40 e voltar mais de 21h é meio cansativo, apesar de amar o que faço.

    • Você queria ter feito algo diferente? 
    Queria ter trabalhado menos e conseguido vê-la.

    • Mais alguma coisa?


    Saudades.




    quinta-feira, 20 de março de 2014

    Dia 02 - Quarta-feira, 19 de março

    • O que vocês fizeram? 
    Hoje foi feriado, então tivemos o dia cheio!

    Combinamos de ir pro cinema (de novo), no Dragão do Mar (de novo!), porque era o único cinema que estava passando o filme novo da Ghibli, que queremos ver já tem um tempo e nunca dava certo.


    Logo que acordei, propus pra MB de tirarmos umas fotos seguindo o projeto Switcheroo. Acho incrível que ele nunca diz não para essas minhas maluquices, mesmo eu dizendo "olha, se você não quiser, tudo bem". Ele sempre quer.


    Depois que conseguimos tirar as fotos fomos pro cinema, mas chegamos quase em cima da hora porque acabou demorando mais que o esperado. Tivemos um desentendimento leve, porque eu queria tirar logo as fotos, e ele queria ir logo pro cinema, mas, bom. Deu tudo certo.


    Eu já tinha quebrado acidentalmente a regra do beijo (explico lá em baixo), mas durante o filme, bateu aquela vontade incontrolável e juvenil de beijar. Tinha muito, muito tempo que a gente não se agarrava vendo filme (até porque hoje em dia pago inteira, cinema é caro, e beijos podem ser dados em locais de graça, essas coisas). Mas, de repente, no meio do filme, lá estava a gente se beijando.


    Não vou mentir e dizer que foi mágico, mas foi muito, muito bom. Como tinha um tempão que beijos não o eram. MB não gostou do filme, mas eu gostei.


    Assim que terminou, demos uma voltinha pelo Dragão, mas preferimos ir comer uma pizza no nosso restaurante favorito, que era bem perto dali, o La Bella Italia. Quis pedir sobremesa, mas ele não, e como estamos em contenção de despesas fomos para casa. Mas foi um bom jantar!

    • Como você acha que o outro estava?
    De manhã ele estava meio cansado, com jeito de quem ia gripar (Gripes + Homens = pior combinação do mundo), e dormiu até meio dia. Tudo bem. Acho que, de modo geral, ele devia estar sentindo alguma coisa, pois estava meio impaciente com tudo, reclamando que não tinha virado blogueiro de moda (logo, não queria perder tempo tirando fotos), e depois que não gostou do filme, e que também não tinha a menor vontade de assistir 300 (2) porque achava que era invenção de moda.

    #ai #mb


    Mas pelo menos ele estava se esforçando.
    • Como você estava? 
    Empolgada, com vontade de fazer mil coisas e dormir ao mesmo tempo, aproveitando o feriado. 

    • Você queria ter feito algo diferente? 
    Assim que eu saí do banho, de manhã, esqueci completamente do desafio e dei um selinho nele. Para você ver como é automático. Perdi.

    • Mais alguma coisa?
    Não pensei que sentiria tanta saudade de fazer coisas do tipo: perder metade de um filme em prol da boca um do outro. Apesar de eu ter queimado o teste mais cedo, tenho certeza que, se a gente não tivesse se esforçado para evitar esses beijos sem clima, teríamos assistido o filme inteiro, sem interesse nenhum um no outro.

    Então acho que posso dizer que a história de ficar sem se beijar foi um sucesso! Quem sabe a gente não utiliza O Dia Sem Beijo mais vezes a partir de agora?






    • O que vocês fizeram? 
    Tiramos uma foto com a roupa trocada, um projeto dentro de outro projeto. 




    Fomos pro cinema do Dragão do Mar, de novo Tadeu? Ainda tô tentando impressionar. Fomos assistir Vidas ao Vento, filme novo do Miyazaki. Acabou que eu nem achei o filme tão bom assim, muito pelo contrário: achei bem bestinha, mas ela gostou, disse que tinha uma pegada adulta e tudo e tal. 

    Ah, ela não resistiu e me beijou em casa. 

    Daí no cinema, né? Já sabe.

    Depois, pra finalizar a noite de forma mais obesa, fomos comer uma Pizza em um restaurante com um apelido peculiar, que aqui chamarei de "P". Quem sabe explico depois, mas o que importa é que vivemos lá, de qualquer forma.

    • Como você acha que o outro estava?


    Ela estava super animada ainda com a ideia toda. Porém, quando fomos tirar as fotos rolou um leve estresse do gênero "precisamos tirar essa foto agora, nem que a gente perca o filme" ao que eu respondi com um "não tô em blog de look do dia".

    • Como você estava? 


    Tive um leve probleminha assim que acordei, então passei a manhã toda dormindo. O resto do dia eu fiquei bem, só que rolou uma leve polêmica na hora das fotos e então saímos de casa meio neutros. Depois do cinema, tudo se iluminou.

    • Você queria ter feito algo diferente? 

    Se eu soubesse que o filme não era tão bom, poderíamos ter ido ver outra coisa. 


    Ah, me arrependi de não ter comido a pizza de nutella, que ela sugeriu. 

    • Mais alguma coisa?


    A ideia do projeto em si é estranha, mas tudo bem. Começamos, agora vai até o fim.



    quarta-feira, 19 de março de 2014

    Dia 01 - Terça-feira, 18 de março

    • O que vocês fizeram? 
    Hoje foi o primeiro dia do projeto, e além de tudo, o primeiro dia sem beijar. Combinamos de assistir à um filme depois do trabalho, e jantar alguma coisa. Fomos para o Dragão do Mar, que recentemente reformou o cinema, e agora recebe todos os filmes do ~circuito alternativo~. Fiquei esperando por ele, pensando o tempo todo no projeto, e quando MB chegou já senti o peso da falta de beijo. Foi, no mínimo, estranho.

    Evitamos andar de mãos dadas também, e após comprar o ingresso, fomos comer alguma coisa do Café Santa Clara. De repente, fiquei ultra consciente do toque, do encostar de ombros, e ficamos o tempo inteiro provocando um ao outro com a história de não-pode-beijar. Estava indo tudo bem, mas de todos os filmes do mundo, decidimos assistir "Ninfomaníaca - Parte II".

    É desnecessário dizer que, depois de um filme desses, todos os sentidos ficaram à flor da pele. E, meu Deus, que escolha errada, errada. Ainda tentamos fazer piada da situação, mas a tensão estava estourando. Voltamos para a minha casa, e aí a rotina se estabeleceu, e conseguimos nos acalmar.

    Vitória: nenhum beijo hoje.

    • Como você acha que o outro estava?
    Como sempre, bem humorado, disposto. Contou algumas coisas do dia, do colégio, de alunos e suas peculiaridades, e riu bastante. Acho que ele estava morrendo de vontade de me beijar. Na volta, no carro, tentou fazer o truque de passar a marcha e pegar na perna, haha. Eu disse que não era esse tipo de garota, e não fazia nada do gênero no primeiro encontro.

    Ele disse: "bom, a julgar pelo filme que você escolheu pra gente assistir".
    Ok, então, Marcelo Bernardo, you got me there.

    • Como você estava? 
    Diria que num surpreendente bom humor: consegui aprovar uma coleção inteira hoje no trabalho, achei que fosse ficar de extra até mais tarde, mas consegui sair no horário. Tudo lindo. E a perspectiva de amanhã ser feriado também me deixou ótima.

    Estava, lógico, explodindo de vontade de agarrá-lo.

    • Você queria ter feito algo diferente? 
    Escolhido outro filme!!!

    • Mais alguma coisa?
    Acho que, para o projeto dar certo e alcançar um resultado bom (hahah), precisamos sair de casa com mais frequencia. Bastou chegar em casa e entrar em modo pijama que todas as vontades e urgências passaram, e voltamos a conversar normalmente, como se nada tivesse acontecendo. 


    "Marcelo, você guardou o ingresso?"
    "Guardei, guardei sim. No lixo...
    Ó, mas ainda tá novinho"






    • O que vocês fizeram? 

    A gente foi pro cinema no Dragão do Mar, sabe como é… Primeiro encontro a gente quer impressionar. Fomos assistir Ninfomaníaca parte II, o que foi meio tenso, pelos princípios do “não beijarás”.



    Também saímos pra tomar um café antes, e ela pediu o que eu ia pedir, depois trocou, porque o meu estava mais gostoso… normal.

    • Como você acha que o outro estava?

    Ela estava, e está, extremamente empolgada com o projeto. Notei um leve cansaço, mas pros padrões adultos trabalhadores, era nada. Peguei ela me dando umas olhadas de vez em quando, com cara de “será que a gente vai ficar sem se beijar mesmo?”.

    • Como você estava? 

    Tive um dos dias mais moles no trabalho, era véspera de feriado e eu estava saindo com minha dama. Como eu poderia estar? Feliz, excitado, confuso, naturalmente.

    • Você queria ter feito algo diferente? 

    Não gostamos muito do filme, a parte I foi muito, muito melhor… mas tudo bem, precisávamos ver a conclusão.

    No café, fiquei com vontade de pedir pão passado com manteiga. Ela quis pedir. O pão que veio era integral, e por que merdas alguém vende um pão na chapa integral e não avisa? Só jesus sabe.


    Mas o café tava bom

    • Mais alguma coisa?

    Acabamos dormindo, literalmente dormindo, juntos, respeitando a regra do “nunca beijastes”, me deu MUITO bem, pra um primeiro encontro. Brincamos de forçar o outro a quebrar a regra do beijo, ninguém fraquejou.



    terça-feira, 18 de março de 2014

    Uma introdução



    Numa época de whatsapps e facebooks, a gente se conheceu passando bilhetinho um pro outro. Não chegavam a ser bilhetinhos: eram folhas. Páginas e mais páginas de conversas, iniciadas apenas com um "oi". Eu que passei o papel para o lado, para o novato da minha sala, por algum motivo que só pode ter sido iluminação divina. Oi. E ele respondeu: oi.

    Continuamos conversando por dias, papel vai e papel vem, até começar de fato a falar um com o outro. A gente se via, sentava um do lado do outro, passava a aula conversando, mas não se falava. Esse esquema não durou muito, e no meio de um assunto muito bom, acabamos prosseguindo pelo intervalo. Falando.

    Passamos um tempo delicioso de conversinhas, tentando conhecer um ao outro, conversando um pouco nos intervalos e depois das aulas. Mas não foi muito tempo, acho que não tinha como adiar o que impreterivelmente iria acontecer. Um dia depois da aula ele se ofereceu para me acompanhar a pé até em casa. Nos abraçamos, e nos beijamos.

    Achei que fosse morrer: sabe aquela sensação do primeiro beijo, de não saber como faz para respirar, daquele arrepio na nuca, daquele frio na espinha. Apesar do comparação meio ridícula (o que não é ridículo no amor?), parece que saiu um relâmpago de dentro da gente naquele primeiro beijo. E no segundo. E agora, nesse exato segundo, 8 anos depois, que eu estou escrevendo sobre isso, aquela centelha aparece, lá na coluna, tentando lembrar de como era beijar Marcelo Bernardo pela primeira vez na vida.

    Já tivemos milhões de beijos, já viajamos, já fizemos coisas muito mais incríveis do que estar no portão do meu prédio beijando. Pelo amor de Deus, eu fui pedida em casamento! Com a aliança da minha avó! À luz de velas! Mas nada, em todos esses anos, se compara à sensação de ter dado aquele primeiro beijo. Porque se demos cinco beijos hoje, ou vinte, ou nenhum, a relação já é tão íntima que o gesto virou tão banal quanto estalar os dedos.

    Mas e se a gente estiver se privando? E se eu olhar para MB hoje, e diferente de todas as noites desde aquele primeiro beijo, eu não o beijar? Esse tempo consciente da existência, do corpo, do desejo, do querer e não poder. Até que de repente bate aquele clima, e ninguém consegue se agüentar longe um do outro.

    E é por isso que, depois de oito anos, hoje não beijarei Marcelo Bernardo.

    Mal posso esperar.

    segunda-feira, 17 de março de 2014

    O Começo

    Quando nos conhecemos, tínhamos os dois 16 anos. Temos esse período mágico do ano em que ficamos os dois com a mesma idade – o que, na verdade, não significa nada além de uma piadinha corriqueira quando ele finalmente faz aniversário: que delícia que é estar nos braços de um homem mais velho. Mas, nesses últimos anos, tudo tem se tornado corriqueiro.

    Afinal, depois de (quase) oito anos do lado de uma pessoa, que surpresas podem restar?

    Muitas, eu espero.