sexta-feira, 11 de julho de 2014

A gente voltou (meio que)



A ausência tem apenas uma justificativa: a gente brigou. E foi feio! Minha sogra sempre faz essa piadinha, e outras pessoas nos perguntam com a voz um pouco menos irônica que ela: vem cá, vocês não brigam nunca? Ah, a gente briga. Briga mesmo! O pacote completo, falando alto, gritando ocasionalmente, xingando sempre que possível, batendo portas e reavivando problemas de 2001 que já passaram (ok, essa sou eu, confesso). Mas minha sogra, sempre ela, sempre um doce, me falava pra responder a seguinte coisa: vocês brigam?

De faca, não.

Brigamos de faca dessa vez, e depois de muito choro, muito coração dolorido e muitas ligações de madrugada para amigas (eu, no caso), a gente voltou. Você que tá no Titanic, parou o chilique, a gente voltou. Mas foi uma coisa tão errada que aconteceu com a gente esses dias que voltamos devagar, ainda manquejando dos dias péssimos que tinham passado pela gente. Nós só brigamos com quem amamos, e quando a gente ama demais além da conta, cada briga é uma renovação.

A rotina, o trabalho, a vida, os novos amigos, e muitas outras distrações de ser adulto acabaram nos afastando um do outro. E, no pior mês de todos os tempos (Susan Miller concordou) (abril, para quem não estava vivendo no planeta terra), conseguimos desgastar ao máximo um ao outro, e ao invés de conversar, nos afastamos. Eu sei que parece a pior solução do mundo, e imagina a gente acabar por uma coisa besta dessas: a vida.

Só que a gente voltou. E prometeu cuidar mais, zelar mais, e amar mais um ao outro. Porque esse é só o começo do fim da nossa vida, e agora que passamos por esse período péssimo, estamos muito mais fortes. Juntos. E vamos seguindo! Retornaremos o projeto em muito breve, e assim concluiremos os nossos primeiros encontros depois de oito anos e meio, algumas viagens, muitos desentendimentos, uma briga de faca, e muito, muito amor.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Dia 21 - Segunda-feira, 7 de abril







  • O que vocês fizeram? 

  • Na saída do trabalho, começou a cair uma tempestade em Fortaleza. Completamente sem propósito, além de destruir o trânsito, e fazer com que a gente fizesse rapidamente dois planos paralelos:

    1) Se parasse de chover, iríamos na Livraria Cultura comprar um presente, e jantar no Subway.

    2) Se continuasse chovendo, pjs e filme.

    Cheguei em casa junto com ele, e tinha parado de chover. Decidimos manter a nossa palavra, e fomos rapidinho na Livraria Cultura. Chegando lá, eu tinha trabalhado tanto durante o dia que tinha esquecido de lanchar, então estava faminta, então jantamos logo.

    O sanduíche não estava lá muito bom (mistérios), mas no meio do jantar MB começa a reclamar um pouco, e solta a sua frase célebre que é: estou me sentindo meio mal. Isso é um código para posso até não estar à beira da morte, mas irei resmungar e me abater e preciso de uma cama agora.

    Terminamos de jantar correndo, fomos na Cultura só comprar o presente e voltamos pra casa. MB deitou na rede e dormiu.
    • Como você acha que o outro estava?
    Somando todo o tempo que passamos juntos hoje, acho que ele trocou umas 10 palavras comigo. Dormiu, dormiu, disse que ia embora cedo, mas acabou dormindo a noite inteira lá em casa.

    Acho que ele não teve um sono sossegado, porque vira e mexe ele estava sentado na rede olhando para o tempo, mas bastava eu mandar ele ir dormir que ele desmaiava de novo, hahah.
    • Como você estava? 
    Normal, aproveitei que ele estava dormindo para agilizar alguns trabalhos, e ver algumas pendências que eu vinha adiando tinha um tempo.

    • Você queria ter feito algo diferente? 
    Queria ter pulado o passeio da cultura e ido direto para casa, cuidado dele logo desde sempre, e assistido um filme.
    • Mais alguma coisa?
    Já estamos na metade do projeto, e não sei bem se estamos chegando em algum lugar com ele. Embora, de modo geral, nós tenhamos passado dias muito bons, e uma semana péssima, não sei se alguma coisa de boa está ficando.


    • O que vocês fizeram? 
    O livro, do programa da cultura-fail, finalmente chegou, então fomos lá buscar e aproveitar para comer no subway. Durante o processo de jantar me senti levemente mal. Eu nunca me sinto mal e eu sou homem, logo sou dramático.
    Chegando em casa, resolvi me deitar um pouco para melhorar. Conclusão, acordei no dia seguinte.
    • Como você acha que o outro estava?
    Ela teve uns problemas no trabalho e se encontra furiosamente estressada. Em breve ela irá fazer uma viagem a trabalho, então é necessário deixar várias coisas preparadas antes desse percurso.
    • Como você estava? 


    Além de doente, eu estava bem. Começo de semana sempre me sinto inspirado, motivado, alegre e feliz.

    • Você queria ter feito algo diferente? 


    Eu não teria achado ruim se eu não tivesse capotado na casa dela a noite toda.
    • Mais alguma coisa?
    Saúde, já pode aparecer na gente se quiser, tá?